TRE-RR inicia implantação de sistema de energia solar
Novo modelo vai gerar energia limpa e sustentável, com economia de até 90% nas contas de luz
Preservar o meio ambiente e reduzir os custos com a fatura de luz foram os principais fatores que contribuíram para a instalação do sistema de energia fotovoltaica (solar) na Justiça Eleitoral roraimense. Trata-se de uma fonte energética totalmente renovável e limpa, sem a emissão de gases que provocam o efeito estufa.
No total, serão instalados 1.320 painéis solares. A potência de todos os sistemas é 594 KWp (kilowatts pico hora) de energia, necessários para tornar a sede do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) e as oito zonais eleitorais, autossuficientes, produzindo na integralidade a própria energia que consomem. O investimento será de R$ 1.871.100,00 e o serviço está sendo executado pela empresa HCC Engenharia Elétrica, do Rio Grande do Sul.
Conforme explicou o membro da Comissão de Instalação de Energia Fotovoltaica do TRE-RR, Antônio Gomes, os gastos mensais com energia elétrica na Justiça Eleitoral roraimense são muito elevados e a implantação da energia solar vai representar uma redução de até 90% nas contas. Em 2019, o TRE-RR pagou R$ 471.460,88 com as faturas energéticas. Já em 2020, ano eleitoral, o valor foi R$ 581.890,70.
“Nos últimos dois anos, foram gastos R$ 1.053.351,58 com energia. Ou seja, nesse contexto, em menos de quatro anos todo o investimento estará pago. Além disso, não existe nenhum custo com manutenção de equipamentos, que têm garantia de até 25 anos pelo fabricante. A única manutenção será de limpeza das placas ou substituição de peças que eventualmente possam apresentar defeitos”, ressaltou.
Etapas
Na primeira fase, os trabalhos iniciaram dia 2 de agosto, na 8ª Zona Eleitoral, localizada no município de Rorainópolis. Em seguida, a partir do dia 6, foram instaladas as usinas fotovoltaicas em São Luiz (4ªZE). Na sequência, dia 9, foi a vez de Pacaraima, sede da 7ª ZE. Em Alto Alegre (3ªZE), a instalação iniciou nessa quinta-feira (12).
Em cada cartório, foram instaladas 55 placas fotovoltaicas, que têm capacidade para gerar até 24 kWp (kilowatts pico hora) de energia, ao custo de R$ 75.600,00. Próxima semana, os trabalhos iniciam em Boa Vista, no Cartório da 1ª Zona Eleitoral.
Como funciona
O sistema fotovoltaico é composto de placas feitas a base de materiais semicondutores como o silício. O painel é geralmente instalado em cima do telhado e a quantidade de módulos utilizados varia de acordo com o consumo. As usinas fotovoltaicas geram energia limpa e renovável, proveniente do sol, e devolvem essa energia produzida para a rede pública. Essa devolução gera um crédito junto a concessionária de energia elétrica e, consequentemente, a economia de gastos com essa despesa para o Tribunal.
Logística sustentável
O Plano de Logística Sustentável da Justiça Eleitoral (PLS-JE) foi implementado inicialmente por meio da Resolução CNJ nº 201/2015, com a adoção de medidas para minimizar os impactos causados ao meio ambiente decorrentes das atividades administrativa. Com isso, passou-se a pensar em práticas de sustentabilidade, visando à racionalização de gastos e consumo, por meio da construção de indicadores e metas que apontem cada vez mais para o equilíbrio socioambiental.
Posteriormente, anorma foi revogada pela Resolução CNJ nº 400/2021, que trouce novos indicadores de desempenho para serem mensurados pelos tribunais e conselhos superiores. A instalação de energia fotovoltaica atende à Resolução TSE nº 23.474/2016, que prevê a implantação do PLS-JE, e à Resolução nº 400/2021.