A JE Mora ao Lado: conheça a história de Aldo, "um dos mesários preferidos" de Sumaré (SP)
Mesário desde os 18, Aldo liga ao cartório em todo ano de eleição para confirmar sua participação como voluntário
Trabalhar como voluntário para a Justiça Eleitoral é um dos grandes prazeres de Aldo Barbosa Messias, morador da cidade de Sumaré (SP). Aos 44 anos, o auxiliar administrativo afirma que nunca vivenciou uma eleição fora de uma seção eleitoral. Sua trajetória como mesário começou aos 18 anos, assim que tirou o título de eleitor.
“Aqui na cidade o pessoal do cartório brinca comigo. Antes das eleições, eu ligo pra eles e pergunto: ‘Estou convocado este ano? Vocês não vão me deixar de fora não, né?’. E eles respondem: ‘Fique tranquilo, você é um dos nossos mesários preferidos’”, conta Aldo.
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As vantagens em colaborar com a JE
Rever amigos, conhecer pessoas e ainda colaborar com o processo democrático são algumas das vantagens de trabalhar nas eleições destacadas pelo mesário. A propaganda é tanta, que Aldo conseguiu convencer o irmão a também se voluntariar como mesário da Justiça Eleitoral.
Para ele, participar do processo auxilia a desfazer crenças e notícias falsas. “Há alguns mitos criados em relação à eleição. Acho muito importante esse trabalho que a gente realiza, de vivenciar de perto a lisura do processo. Isso precisa ser valorizado”, afirma.
Histórias curiosas
Aldo coleciona muitas histórias ao longo dos anos trabalhando como mesário na cidade paulista, que tem quase 280 mil habitantes. Uma delas foi quando uma eleitora, ao votar, afirmava que a foto não aparecia na tela da urna eletrônica.
“Ela começou o procedimento e falou que a foto não estava aparecendo. Eu disse para ela apertar o botão laranja para corrigir, digitar novamente o número do candidato, que a foto iria aparecer. Ela continuava afirmando que não aparecia. Isso durou alguns minutos, até que eu expliquei que se ela estavivesse digitando o número certo, a foto do candidato iria aparecer. Foi aí que ela disse: ‘Foto do candidato? Não, eu quero é a minha foto. Se não for a minha foto eu não quero’”, narrou o mesário.
Segundo ele, foi preciso explicar à eleitora que, a foto dela não apareceria na tela, mas sim a do candidato. “Ela saiu brava e disse que nunca mais voltaria para votar. Mas na eleição seguinte ela voltou e me pediu desculpas. Foi uma situação muito engraçada”, lembra Aldo, com sorriso no rosto.
Série Mesários
Esta história faz parte da série Mesários – A Justiça Eleitoral Mora ao Lado. Os textos são publicados desde fevereiro, mês em que a Justiça Eleitoral comemorou 90 anos. A ideia é mostrar que a atuação para garantir o processo democrático por meio das eleições só é possível graças às mesárias e aos mesários que participam ativamente do processo eleitoral em todo o país.
Fonte: Secom / TSE