Em entrevista à TV Assembleia, a Presidente do TRE-RR, enfatiza o engajamento cada vez maior das mulheres na política. A desembargadora destacou ainda o sentimento de assumir a presidência do TRE-RR, e a responsabilidade de presidir às eleições 2024.

“É um cargo mais que assumimos na carreira (presidência do TRE-RR), mas esse olhar por sermos mulheres, amplia ainda mais nossa responsabilidade. Esse olhar de responsabilidade, de garantir bons resultados e que façamos um processo eleitoral seguro, tem também a ver com o fato de sermos mulheres”, enfatizou a desembargadora.

A desembargadora destaca ainda que o processo de garantia de direitos é demorado, mas que tem caminhado no caminho certo, e abrangendo a outros grupos carentes de direitos.

“Eu imagino que o processo de evolução de consciência política seja demorado. Nós temos muitas vozes, não só mulheres, mas os índios, negros, adolescentes que passaram a ter direito ao voto. Isso é um processo evolutivo e nós sabemos que ele é lento. Então, agora, vamos para a segunda etapa de concretização da mulher nesses espaços por meio de leis obrigatórias, como a que amplia a participação para 30%”, disse.

A segunda etapa, implica o trabalho de conscientização do processo político com o envolvimento de todos os entes, no qual o público feminino deve apreender que as políticas públicas voltadas para o segmento têm mais chance de ser acolhidas e implementadas quando idealizadas por seus pares.

“Para que os nossos direitos sejam concretizados, nós precisamos ter o olhar da mulher lá dentro dos projetos de lei que interessam a ela, como a Lei Maria da Penha. Se nós não tivermos uma representatividade efetiva nesses ambientes, essas leis vão ficar sempre em segundo plano. Temos que estar presentes não só porque a lei obriga, mas porque somos cidadãs, temos direitos e necessidades que devem ser atendidas”, afirmou a desembargadora.

Dia Estadual de Conquista do Voto Feminino

Em 2019, a Assembleia Legislativa de Roraima aprovou o projeto de Lei que institui o Dia Estadual da Conquista do Voto Feminino no Brasil, a ser comemorado anualmente em 24 de fevereiro.

A data remete ao ano de 1932, quando a mulher brasileira adquiriu o direito de votar nas eleições nacionais. Na ocasião, foi relembrada a trajetória de luta pela qual as mulheres tiveram que passar para assegurar este direto.

Em 24 de fevereiro de 1932 a mulher ganhou o direito de votar nas eleições, no entanto, apenas as mulheres casadas (com autorização do marido), viúvas e solteiras com renda própria poderiam exercer esse direito.

O fato mudou a história política da nação e foi um grande marco para as mulheres que passaram a ter acesso à cidadania e serem reconhecidas como iguais perante a justiça.

#PraTodosVerem | #PraCegoVer | #Acessibilidade: Na foto, três pessoas em um ambiente  com parede branca. Uma mulher está sentada atrás de uma mesa com um microfone da mão direita. À sua frente, perfil de outra mulher de cabelos cumpridos e lisos. Ao lado delas, perfil de um ombro com filmadora, a qual projeta a imagem da primeira mulher.