TSE autoriza uso de dados biométricos para identificar beneficiários do Bolsa Família do RS
Justiça Eleitoral liberou, inicialmente, 500 mil validações biométricas na base da Identificação Civil Nacional (ICN)
Os beneficiários do Bolsa Família do estado do Rio Grande do Sul que perderam os documentos agora poderão garantir o recebimento do benefício com a identificação por meio dos serviços de conferência biométrica da Justiça Eleitoral. Em 2020, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou acordo de cooperação técnica com a Secretaria-Geral da Presidência da República e com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) com o objetivo de promover o fortalecimento de um sistema nacional integrado de identificação da cidadã e do cidadão, por meio da Identificação Civil Nacional (ICN).
O acordo permite utilizar a biometria para prestar diversos serviços públicos às cidadãs e aos cidadãos brasileiros. Sendo assim, devido ao estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul, o governo federal irá liberar um benefício social às vítimas das enchentes. O valor será pago pela Caixa Econômica Federal (CEF), mediante identificação biométrica dos beneficiários.
A Justiça Eleitoral liberou, inicialmente, 500 mil validações biométricas na base da ICN, facilitando a identificação correta das pessoas e o pagamento do benefício.
Como vai funcionar
A Caixa Econômica Federal (CEF) vai disponibilizar o serviço nos canais de atendimento do banco. Assim, as pessoas que têm direito ao benefício podem acessar os canais e conferir os respectivos nomes.
Depois, elas devem comparecer nas agências da CEF, sem a necessidade de apresentação de documentos físicos. Neste momento, é necessário informar o número do CPF e, logo após, a biometria é capturada e encaminhada à Base de Dados da Identificação Civil Nacional (BDICN) do TSE para conferência.
Essa conferência é totalmente automatizada. O contato da Caixa Econômica é feito diretamente com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). A BDICN informa se a biometria “confere”, “não confere” ou se está com status de “não disponível na base de dados”. De acordo com o resultado da conferência biométrica, a CEF faz a liberação ou não do pagamento do benefício.
Sem custo para a Justiça Eleitoral
O serviço de conferência biométrica é prestado pelo Tribunal ao governo federal via Serpro.
O serviço disponibilizado às pessoas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul será totalmente custeado pelo Serpro, que se mostrou interessado em ajudar a população gaúcha, sem qualquer ônus ao contrato da empresa com o TSE.
O acesso será monitorado via barramento de serviços do conecta.gov, com controle de acesso feito pelo governo federal e acompanhado pelo Tribunal.
Segurança
A Caixa não terá acesso ao banco de dados da Corte Eleitoral, mas apenas ao serviço de conferência, que executa pontualmente cada requisição.
A conferência é feita na base de dados da Identificação Civil Nacional, sem acesso aos dados, apenas com o retorno de se a biometria confere ou não.