TRE-RR promove palestra sobre os impactos da COVID no ambiente de trabalho
Ação faz parte das iniciativas voltadas à promoção da saúde e da qualidade de vida dos servidores

O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) promoveu, nesta quarta-feira (24), a palestra “COVID Longa como Doença Emergente e seu Impacto Extensivo na Amazônia Brasileira”, em parceria com a Universidade Federal de Roraima (UFRR). A ação faz parte das iniciativas voltadas à promoção da saúde e da qualidade de vida dos servidores.
A palestra foi conduzida pela professora Dra. Beatriz Vasconcelos, coordenadora do projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFRR. O estudo busca analisar as sequelas deixadas pela infecção pelo vírus Sars-CoV-2, conhecidas como COVID longa, e os impactos diretos na saúde da população, especialmente na região amazônica.
De acordo com Lígia Queiroz, chefe da Seção de Qualidade de Vida do TRE-RR, a iniciativa faz parte da política institucional de bem-estar dos servidores. “A COVID longa é uma realidade que afeta milhares de pessoas e, muitas vezes, compromete a rotina de trabalho e a qualidade de vida. Trazer esse debate para dentro do Tribunal é fundamental para informar, prevenir e acolher aqueles que enfrentam ou podem vir a enfrentar essas sequelas”, apontou.
A ação também atende às diretrizes da Resolução CNJ nº 400/2021, que incentiva a participação da força de trabalho em atividades voltadas à saúde e ao bem-estar. “Estamos alinhados às políticas nacionais de valorização do corpo funcional, promovendo conhecimento e apoio em temas que impactam diretamente a vida dos servidores, promovendo avanço do conhecimento e a construção de um ambiente de trabalho mais saudável e consciente. ”, completou Lígia.
Alerta global sobre a COVID longa e seus impactos no trabalho
Estudos internacionais reforçam a importância do tema. Cientistas europeus, por meio de um relatório da Sociedade de Medicina Ocupacional do Reino Unido, já classificam a COVID longa como uma nova doença que exige resposta rápida das autoridades de saúde e atenção especial no ambiente de trabalho.
Segundo pesquisa publicada na revista The Lancet, que analisou dados de quase 4 mil pessoas em 56 países, mais de 45% dos pacientes com COVID longa precisaram reduzir sua carga horária. Além disso, 22% não estavam trabalhando devido a licenças médicas ou dificuldades de recolocação profissional.
Os sintomas mais relatados, como fadiga extrema, dificuldades cognitivas e alterações sensoriais, têm impactado diretamente a capacidade laboral. O estudo destaca ainda que o retorno ao trabalho de pessoas acometidas pela COVID longa requer um esforço conjunto entre trabalhadores, empregadores e profissionais de saúde.